"PAZ".

"PAZ"

Aí mano, isso mesmo, a fogueira queima,
é quente, traiçoeira, serpente, ardente.

 

Quantos eu vi falar, quantos eu vi se afastar,
dos campos de concentração, antes dos jogos
nas ruas, era algo inocente, dá gente, entende,
era tudo sorriso solto, sem essa de bicho cabuloso.

 

Hoje eu vejo cada tesouro, nos braços e nos pescoço,
quem disse que musica altera sua mente, mentiu,
seu indecente, ninguém é manipulador, existe sim
vários lados, lotados, cadê sua humildade, passe
a base, dá o passe, repasse tudo que aprendeu,
apenas mano, não seja mais um mano que morreu,
se fodeu, entendeu, o que eu passo é o que eu
vejo, não preciso sentir pra escrever, mais
se acontecer, narrarei pra você nunca mais soltar
a fumaça, nunca mais beber, nunca mais assaltar
e nem mais sequestrar e nem matar ou morrer,
a vida é só uma, sinta-se abençoado, atenção,
hoje escrevo o que eu penso, antigamente eu
pensava igual a ti, fazia pros outros e os outros
não fazem nada por mim, foda-se, tudo e todos,
não seja o tesouro, e sim seja a alma da sua
consciência, que nunca te engana e nem te atropela.

 

Aí vey, vi muitos dizer que nada pode derruba-los,
vi muitos cair por suas ações, ações e reações que
levou uma pá a cair sem reação, sem jeito e feito,
é, lembro dos barulhos e sempre sinto algo apertar
o meu coração, tipo um gatilho, mais queria que
fosse o gatilho que um desses moleques me falassem
que minhas palavras serviu pra alimentar suas almas
e que o crime e a maldição, ficou pra trás e que tudo
agora está de uma forma, chamada de "PAZ".

 

Autoria: Jandson Alves